Na minha juventude viajei por muitos países, sempre de carona e com uma mochila nas costas, era o clássico “ mochileiro” , cheio de idéias, coragem , barba cumprida e olhos brilhantes, sonhos e muitas, muitas ilusões. Na medida em que a experiência da vida me empurrava com força, era como aquele galho de folhas que vai sendo levado pelo vento e batendo em pedras, arvores, chão . As folhas vão caindo naturalmente ate ficar somente a madeira, assim também minhas ilusões ian sendo esvaziadas de meu espírito, as vezes com alegrias e outras com realidades chocantes e tristes. O vento da realidade e o calor do sol estavam ali, sempre comigo, o calor amoroso das pessoas que como um velho violão também Ian sendo afinadas na harmonia de realidades as vezes extremas mas que nem por isso deixam de ser realidades. O Hamlet estava certo, Ser ou não ser! Que grande dilema para o espírito eterno embrulhado pelas lides terrenas!! Como a existência nos preenche com aquilo que precisamos!!
As datas passavam pelo meu calendário, marcadas mais pelos astros que pela consciência, o sol nascia todos os dias, realmente o astro Rey sempre esteve, quem nascia a cada amanhecer era eu, com meus pés cansados da poeira do caminho...
Meus sonhos e ilusões foram sendo transformados em vida real, onde o corpo físico era o centro das emoções e sentimentos mais profundos, onde era fácil rir ou chorar quando permitíamos que a realidade se apresentasse em diferentes formas e corpos..
Muitos anos se passaram e ainda o vento bate forte em mim, ainda tenho folhas de ilusões que tem que cair. Agora é diferente, quando o vento das desilusões vem eu já estou esperando... é mais , vivo esperando o vento vir, viramos irmãos e amigos, nos fortalecemos juntos... no mais tristezas e alegrias extremas, somente uma paz infinita preenche meu coração... Juan
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